sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Vendaval

Quero ouvir essas letras,
Saindo da tua boca,
Como um beijo, pairando no ar.

Sentir a tua pele na minha,
está me consumindo aos poucos,
estou ficando louca... doida.

É normal? esse vendaval...
Essa tempestade que me assola...
Nas noites em que me dou uma trégua.

Nessas noite você me vence,
você toma meu posto,
Mas o meu trem anda devagar.

Meninices

A menina de olhos sedentos de sangue,
e o coração de vento.
Tão fácil o amor fazer o coração flutuar,
mas a queda muitas vezes nos machuca.

Os teus olhos estão sedentos do teu sangue
Uma atitude masoquista é essa de amar...
Mas o coração te dá asas e te faz voar,
No seu sonho apaixonado, nuvem bumerangue.

Faz as tuas meninices enquanto pode,
Brinca, chora, reza e implora...
O Tempo passa rápido então corre.
O rancho das panelas no sofá...

A bisavó que te criou e te educou,
Não esta mais aqui para te paparicar,
Sente a saudade no peito, e espera,
Prepara o teu arroz branco com batata frita.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vamos brincar de adivinhação

O que é? O que é?
Que entra no peito sem dizer quem é,
Não bate na porta e aperta o coração.
A resposta não vale um prêmio, mas vale uma lição.


Quem souber me diga logo e sem demora,
Pra eu avisar esse desavisado
que o peito da gente é um lugar sagrado,
e que não se pode passar muito tempo,
sem deixar nenhum ditado.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Reminiscências noturnas

Ah! O tédio das mentes desocupadas
Quão perigoso tédio, doloroso tédio
Eu espero que não escales esse prédio
E não me assustes no meio da noite.

Não me afronte com os teus delírios
Nem tão pouco com os teus convites
Sedução à sandice, os seus martírios
Nem me afronte, nunca seremos quites.

Não tenho coragem para lutar contra ti,
nem tão pouco contra suas armas vãs
Nem me rendo aos teus encantos vis.
Afaste-se de mim e de minha mente sã.

Te encontro no silencio da noite fria,
Mas a luz do dia te afastará, que eu sei,
A luz te levará para bem longe de mim,
E enfim eu terei a paz e a tranquilidade.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Soneto de Manoel Maria Barbosa du Bocage

Chorosos versos meus desentoados,
Sem arte, sem beleza, e sem brandura,
Urdidos pela mão da Desventura,
Pela baça Tristeza envenenados :

 
Vede a luz, não busqueis, desesperados,
No mudo esquecimento a sepultura ;
Se os ditosos vos lerem sem ternura,
Ler-vos-ão com ternura os desgraçados :

Não vos inspire, ó versos, cobardia
Da sátira mordaz o furor louco,
Da maldizente voz a tirania :

Desculpa tendes, se valeis tão pouco ;
Que não pode cantar com melodia
Um peito, de gemer cansado e rouco .

Famosidades

Os famosos inventam a moda;
E a tal moda inventa uma roda;
Essa roda é viva, ela gira e gira;
Nessa roda tudo que vai, volta.

A tal moda dos anos dourados;
O topete, a lambreta e a música;
O topete de hoje virou metáfora;
Um cabelo espetado e moicano.

A lambreta é uma moto invocada;
Ah! Um dia eu ainda vou ter uma;
Para dar uns rolés durante a noite;
Fazer barulho, cantando os pneus.

A música é o rock que não morre;
O balanço dos Beatles, em inglês;
Quem diria que a ditadura chegaria;
E aplacaria as tantas e tantas artes.

Dentre o tudo nessas famosidades;
O poder da manipulação do povo;
Aos famosos os holofotes e as luzes;
Ao povo o resto e a busca pela fama.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Bad Medicine

Eu preciso de uma música,
Para embalar o nosso amor,
Para que eu possa pensar naquele dia de chuva,
Lembra? Dom Quixote.
              
O dia em que tocamos nossos lábios pela primeira vez,
É loucura, você me faz rir
É suicídio, eu não consegui...
Não consegui ficar longe de você querido
                [é suicídio]

Você gostaria de compartilhar do meu prazer,
você está sempre solitário
 Mas as circunstâncias tolas
Não nos permitiram prosseguir.

    A música me dá a assonância
Para os meus versos inúteis
A aliteração desvairada
Ao som da guitarra que você gosta

E assim eu penso em você
na nossa amizade colorida
que perdeu a cor depois do tempo
e no quanto a minha vida mudou.

As palavras e as letras só fazem
Em me confundir, entre português
e um inglês louco.
A boa medicina e a bad medicine.

sábado, 4 de setembro de 2010

Mar de Mentiras

  A mídia brasileira se encontra afogada em um mar de mentiras e o horário político neste ano eleitoral, está um verdadeiro programa humorístico. Não é sem motivos que a politicagem, está cada vez mais desacreditada, não depois de uma história como a nossa, de tantos golpes, escândalos e corrupção que assolam nossos governantes.
  Nas propagandas, vemos candidatos que não tem condição alguma de assumir cargos no congresso ou senado, mas que sem dúvida conseguirão assumir seus postos com votos de protesto contra as barbáries que ocorrem em nosso país. Se tornou um senso-comum que a política corrompe o cidadão, pois vemos que na maioria das vezes, o poder "sobe à cabeça" e os eleitos esquecem suas promessas e deixam de se importar com o que é melhor para o povo de fato, para acumularem riquezas e fortunas pessoais.
  Não raro, temos notícias dos candidatos que possuem a "ficha mais limpa do Brasil" ao acumularem riquezas em paraísos fiscais e para isso, explorarem a população com salários miseráveis, bem como a carência de obras de saúde pública e educação, devido aos grandes desvios de verba. Temos consciência de que tais fatos são verídicos, embora estejamos embrulhados em um mar de maquiagens, disfarces e mentiras.
  Todavia, podemos mudar essa situação, participando mais ativamente do que acontece em nosso país. Desiludidas, as pessoas vendem seus votos, ou votam de maneira totalmente inconsciente, isto é ERRADO. Existe essa mancha em nossa história de governos sim, mas também, ainda existem pessoas boas, que podem mudar essa faceta negativa do Brasil. Para isso, precisamos nos inteirar sobre a história dos nossos candidatos e usar a nossa arma democrática, o voto, de maneira consciente, sabendo que a escolha irá afetar não só o nosso próprio futuro, mas de todos os demais habitantes do nosso pais, no caso da escolha do nosso presidente.

   Não sou adepta a política, nem mesmo vou votar este ano, mas fica aqui o apelo a todos que participarão dessa mobilização neste ano, para que façam isso da maneira o mais consciente possível.