quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Minhas férias

Aqui estou eu, com 20 anos de idade, no segundo ano da faculdade e escrevendo uma redação com o título mais segunda série do ensino fundamental que eu ja vi.
Infelizmente eu não achei título melhor, pois é esse o tema desse texto, e o caro leitor tem todo o direito de fechar a aba no navegador ou mudar de endereço eletrônico e procurar algo mais interessante, caso a leitura esteja muito monótona (essa é minha vida...)
A correria da faculdade realmente cansa a mente dos alunos, eu estava esquecida de como passar um dia inteiro de pijama, assistindo a série favorita (no meu caso, Harry Potter) é bom demais. O caso é que talvez passar 30 dias nesse ritmo também canse, e a gente começe a sentir saudades da correria de novo.
15 dias na casa da avó são suficientes para engordar quase 5 quilos,  pois o campo é um lugar muito propicio para comer e dormir.
 Cuidei e mimei minha prima querida, que eu não via a tanto tempo, passamos as festas em família.
Ganhamos mascotes novos, um fica comigo aqui no apartamento em São Paulo, os outros ficam no campo com a minha avó.
Não saí muito de casa, e tenho a sensação daquele déficit de quem passa muito tempo sem ver a cara dos livros para estudar.
Para mim esse tempo foi como se eu tivesse viajado para um templo budista ou algum asham, porque meditei e pensei na minha vida demais. Aliás, eu faço muito isso.
Pensei na minha solteirisse, na minha família, nos meus amigos, na minha carreira, nas minhas cismas, em quem eu sou e em quem deixo de ser.
Vim formando versos esses dias, dentro do onibus antigo de onde minha vó mora, com ele balançando, vendo aquele meio de nada.
Eu não sou santa, mas tenho meus princípios. Aprendi cedo que as mentiras tem as pernas curtas e desde então prefiro dizer sempre a verdade e nada além da verdade. ( Sim, aquele juramento que as pessoas costumam dizer com as mãos sobre a bíblia, nos julgamentos dos filmes).
Até hoje não encontrei uma pessoa que me faça feliz por completo, eu quero sempre mais e espero sempre mais. Será que eu me faço feliz? Não sei responder. 
 Eu sou feliz, e sei que devo muito disso a minha família e aos meus amigos. Será que devo essa felicidade a mim também?
Posso dizer que nessas férias eu resolvi uma boa parte das minhas pendências de boa menina, porém faltou alguns pontos como: sair mais, ir para a praia (isso será resolvido em breve, rsrs) e fazer minha progressiva, mas ainda tenho mais um mês para por essas pendências em dia.
A unica questão que não sei como resolver é a solidão. Quando essa senhora bate a nossa porta e você deixa ela entrar, com sua capa e suas botas de chuva, dificilmente você consegue que ela saia. 
Acho que tenho amigos incríveis e uma famíla também incrível, e por que ainda se sentir só? 
É complicado quando a solidão e a saudade é de mim mesma. Os outros, ah os outros! Para ver os outros basta telefonar. E para ver a si mesmo? Alguem tem um número de telefone? Que eu possa discar e ouvir: Oi, sou eu a Gabriela, que bom que você ligou, também estava com saudade de você, por que passou tanto tempo longe?
Ando me encontrando bastante, mas ainda falta alguma coisa, para essa pessoa que eu sou vir e não ir mais embora.
Sou muito extremófila, praticamente uma Archea. Ou pego toda a culpa para mim, ou jogo toda em cima de alguem.
Descobri várias coisas que gosto de fazer, e nenhum talento. Eu realmente queria descobrir algo em que eu me destacasse, já que estou sempre me achando mediana e pacata. (só achando, pois no fundo eu sei que sou mais que isso).
Preciso de terapia?  ou tudo que preciso é alguem pra conversar? Isso eu ja tenho...  Tenho pessoas maravilhosas ao meu lado e acima de tudo existe um Ser que está comigo e eu confio Nele. Seu nome é Jesus.
Não sei se eu confio demais ou de menos, em mim e nas pessoas, mas o único que nunca me desapontará é Ele.

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