segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sobre Fortes e Fracos

  Não consigo pensar direito sobre a fraqueza dos fracos, nem sobre a fortaleza dos fortes. Só sei que ambos são a mesma coisa, ou não possuem nada de mesmo. Ora pois, se o que muda são os sentimentos do forte e do fraco; quero ser forte o bastante para dizer-me que sou fraca,  que preciso de ajuda e que só eu mesma posso ajudar-me. Preciso de uma terapia para me livrar desse vício que é amar as pessoas "erradas"... E quando chegar lá, este será meu discurso: Hoje, e só por hoje, não amei uma pessoa errada.
  Não sei o que torna-me fraca, só que me sinto mais frágil que uma folha de papel, tão pouco sei o que torna-me forte; só que me sinto mais forte que Hércules. Ainda que a folha de papel sustente a tinta, que sustenta a história  e que Hércules, não passe de imaginação. 
  Não aguento o dia que me cala, nem a noite em que me sinta viva. Quero sentir a vida no claro, poder observar todos os detalhes de detalhes, e em seguida, ao anoitecer, quando já tiver apreciado todas as estrelas, por um tempo que baste; poder provar um pouco da morte tranquila em meu sono. Mas os detalhes me passam desapercebidos, e me fascino cada vez mais com as estrelas... De modo que passo mais tempo viva dentro de mim, a contar quantos pontos brilhantes existem no céu.
  Me digam o segredo das estrelas cadentes, que realizam desejos a quem acredite... Peçam a elas, que caiam sobre o meu corpo inerte e que me levem ao Paraíso, naquele meu sono mortal, e que preparem uma festa de recepção para mim, com luzes de muitas cores, homens bonitos e um bom copo de vinho. E ao acordar com uns bons tabefes, quem sabe assim eu não me sinta mais viva.

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